terça-feira, outubro 15, 2013

One bourbon, one scotch, one beer!

John Lee Hooker

Embora eu não beba destilados (só uma cachacinha se for muito boa), tem horas que a vontade é de encher a cara e mandar tudo pros quintos!!

Existem coisas que me incomodam muito, outras eu já aprendi a ignorar.

Eu saí do blog à francesa e voltei também sem avisar, mas é que eu não sou muito de dar satisfação.

E essa é uma das coisas que me incomodam, gente que acha que você tem que dar satisfação.

Não é prestar contas do seu trabalho pro seu chefe, ou avisar ao seu parceiro que você vai sair com amigos. Esse tipo de coisa eu acho que deve-se sim fazer, por uma questão de responsabilidade e consideração.

O que eu detesto é quando a pessoa cisma que eu tenho obrigação com ela.

Aquela pessoa que nem é sua chefe e só atrasa seu lado quando você precisa interagir com ela, porque deve sentir raiva, sei lá, porque você não precisa dar satisfação a ela.

Ou aquele conhecido que sabe da sua vida através de outras pessoas e quando lhe encontra, age como se fosse seu amigo de todo dia.

Pra mim é claro que isso está ligado à necessidade de ter poder, a pessoa foi negligenciada em casa, enfim, isso não é problema meu!

Tem horas que isso me irrita e aí quem fica prestes a perder o controle sou eu. Mas o blog tá aqui pra isso, pra eu desabafar!


Vou manter a constância, estava com saudades de escrever e de ler os amigos.

Mas se eu sair de novo à francesa, desculpem tá?

quinta-feira, outubro 03, 2013

"Deixei de ser branca pra ser franca"

Esse dito popular muito racista, que eu ouvi muito quando criança. Então você prefere ser uma coisa "ruim" do que não ser sincero. A que custo?

O que não se pode elogiar, eu penso, devíamos fazer "diumtudo" pra não botar pra fora de forma deliberada.

E não acho que isso seja mentir, mas antes, ser verdadeiro. Ser franco, mas com você mesmo. Afinal, há realmente necessidade de você dizer exatamente aquilo, naquele momento, para aquela pessoa?

Em nome dessa franqueza desenfreada, muita grosseria é cometida, muita inveja é posta pra fora, muita raiva é destilada. E a gente tenta se convencer de que só está sendo sincero.

Diz-se que a gente se irrita com certos comportamentos, porque somos do mesmo jeito. Mas acho que também a gente se irrita, porque gostaria de ser do mesmo jeito.

Também tem gente que vive de detonar os outros. Que só se envolve na vida dos outros pra poder meter a língua, sempre dizendo que é porque quer ajudar, ou porque gosta da pessoa. Mas aí já são outras questões emocionais e eu não estou levantando uma tese psicológica.

É claro que tem horas que a gente perde a linha com aquela amiga que insiste em andar atrás de um cara que só sacaneia ela, ou com um colega de trabalho que sonega informações e atrapalha seu trabalho.

Se alguém se veste mal há melhores formas de dizer isso, se tem um emprego mais legal, não precisa ficar agourando pra pessoa ser demitida, e se cometeu um erro, não é preciso crucificá-la.

Perde-se relações porque não temos a consciência das razões escondidas quando fazemos um comentário, por mais que estejamos convencidos de que estamos sendo sinceros e francos.

terça-feira, julho 24, 2012

Eu pudia tá robanu eu podia tá matanu mas eu tô aqui pidinu!!

CRIA: Workshop - Criar Para Criança: INSTRUTORA: Chris Mazzotta QUANDO: 27 a 31 de Agosto (segunda a sexta-feira), das 09hs às 13hs. FOCO: Um novo olhar sobre o mundo in...

quarta-feira, julho 18, 2012

Ela é a dona de tudo, ela é a rainha do lar, ela vale mais para mim que o céu, que a terra, que o mar...

Mamãe
Agnaldo Timóteo

Há muito tempo eu queria falar sobre ser mãe e criar filhos. Não estou muito dentro do padrão social de maternidade. Padrão aliás que não entra muito bem na minha cabeça, porque acho que há uma grande confusão entre ser mãe e se anular.

Em nossa sociedade parece que quando uma mulher quando torna-se mãe, ela deixa de ser um indivíduo e muitas mulheres acham isso até bacana. Sentem-se com mais valor na sociedade, porque são mães.
A igreja católica supervaloriza Maria, mãe de Jesus e eu tenho a impressão de que muita mulher se sente a própria.

E a culpa? Ah a culpa, grande companheira que preenche o vazio da mãe que se anulou por seu filho!
Muita gente acha que ser mãe é perder a privacidade, deixar de comer, de trabalhar e de fazer sexo! Ser mãe é padecer no paraíso!

É fato que a maternidade nos muda bastante, por causa dos hormônios, mas a gente precisa ter consciência de que há todo o resto na nossa vida.

E os filhos, são para o mundo, você faz o melhor que puder e se eles quiserem estar por perto o resto da sua vida, ótimo, se não, paciência!

E é aí que cria-se a confusão, porque muitas mães permitem tudo a seus filhos e vão até o inferno para defendê-los, superprotegendo em vez de ensinar noções de responsabilidade e consequência para o futuro.
Dessa forma seus filhotes nunca deixam de ser filhotes, sempre vão depender dela para tudo!

Conscientemente ou não, não acho que essa seja é a melhor forma de agradecer ao universo a grande dádiva que é ter um ser sob sua responsabilidade.

Tem mulheres que se comparam a uma onça. Mas alguém já viu uma onça dando uns tabefes no seu filhote? Felinos em geral, dão uns tabefes sim. Por quê? Porque se elas não derem, a vida vai dar. E o filhote tem que ficar esperto!

Os animais sabem que assim que puderem se manter sozinhos, seus filhotes vão sair de perto.

Eu detesto ser cobrada e detesto gente folgada! Então ensinei meu filho a fazer coisas, a ter responsabilidade e a lidar com as consequências.

Dei o que pude, enquanto pude e sei que muita coisa ele não aproveitou, e, muito embora eu quisesse que ele fosse igual a mim, sei que ele não é.

Não sou perfeita, mas tenho bastante tranquilidade de que fiz o melhor que pude, e a culpa, quando vem (quem é completamente livre de culpa né?) eu administro melhor.

quinta-feira, junho 28, 2012

A primeira impressão... é a que fica?

Uma coisa que eu acho esquisita é a idealização. Não sou perfeita, quando ouço uma voz no telefone, ou leio um post num blog sem foto, ou vejo um filme com um artista lindo, é claro que eu imagino como uma pessoa é.
Se é linda, ou legal, ou xexelenta, ou tem mau-hálito! Muito embora esse não seja meu "default", eu imagino sim! Também já idealizei também é claro, mas passou!!
O que me causa estranheza não é imaginar, acho até legal, quando você conhece alguém pessoalmente e fala: "nossa, como eu imaginava você diferente!", (e esse diferente pode ser, mais bonito ou feio, escroto ou legal, seguro ou frouxo) mas não é isso...
O que é estranho é a pessoa imaginar, idealizar e não tomar consciência de que alguém pode não ser bem aquilo que ela imaginou. E a pessoa se apega aquilo às vezes e na maioria das vezes, o outro não é. E isso pode ser ruim ou bom, mas é irreal.
Quando você lê um post e imagina que aquela pessoa é uma heroína. E você fica mandando emails e pega msn e quer telefone, porque você acha que aquela pessoa é a solução dos seus problemas!

Ou ao contrário, você acha que a pessoa é uma boa "filhadaputa"! E fica fazendo comentários (em geral anônimos), xingando, discordando de tudo, querendo acabar com a raça da pessoa!!

Ou você fala no telefone, ou numa rede social, ou é um parente de um conhecido, e você já imagina que a pessoa é a imagem "fotoshopada" de uma revista!

Talvez pra se manter na ilusão, por não aguentar a frustração de ter-se enganado, o que não é nada demais, a pessoa insiste que a outra é sim a perfeição que ela imaginava, ou então fica com raiva e não quer saber daquilo nunca mais!!

São muitas questões que envolvem a idealização: carência, insegurança, imaturidade, futilidade e por aí vai! Sem contar com os "stalkers", os psicóticos, os doidos varridos em geral!!

Não gosto da idealização porque acho que põe sobre o idealizado uma responsabilidade muito grande, se você se deixar envolver. A responsabilidade de agradar ao idealizador. E isso não é bom.

quarta-feira, junho 27, 2012

Dois dedinhos antes!!

As milhões de séries que eu assisto estão de férias, enquanto isso eu assisto as curtinhas, uma delas é Through the Wormhole, que já tinha baixado há um tempão, mas só agora tá rolando.

O legal dessa série é que é no formato de documentário, com Morgan Freeman e fala da curiosidade humana. De onde viemos, como surgiu o universo, como são os aliens, qual a origem da vida, e coisas assim.

São temas muito interessantes de áreas que eu gosto, e tem horas que eu piro com as descobertas, mas o que eu acho engraçado é que não há conclusão!


A curiosidade humana é infinita, muito se pesquisa e muito já se descobriu, é claro, mas eu tenho a impressão de que nunca se saberá mesmo qual foi o começo de nada... ou o fim.

Para tudo há milhões de teorias, cada uma com seus argumentos e embasamentos, mas sempre são teorias!

Isso me lembra uma piada que ouvi há muito tempo...


Uma vez, numa convenção em Genebra, cientistas de todo o mundo se reuniram para debater o que cada país havia feito nas áreas de tecnologia e ciência.
Por fim ficaram um americano, um russo e um brasileiro para expor suas descobertas.
O americano disse: no meu país conseguimos construir um foguete que chegou até o fim do universo!
E todos: Nossa! Até o fim?
E o americano: Bem... dois dedinhos antes do fim!
O russo para não ficar atrás disse: E no meu país, nós construímos um submarino que chegou até o fundo, mais fundo do oceano!
E todos: Nossa! Até o fundo?
E o russo: Bem... dois dedinhos antes do fundo!
Chegou a vez do brasileiro, um sacana pra não ficar atrás diz: Meu país ainda não é tão grande em tecnologia, mas na ciência, nós estamos bem, porque lá uma mulher deu a luz pelo cu!
E todos num espanto: Nossa! Pelo cu?
E o brasileiro: Bem... dois dedinhos antes do cu!

segunda-feira, junho 25, 2012


Estava no trabalho, no sábado, e chegou uma aluna do curso toda tristinha, porque foi na padaria tomar café, esbarrou num homem sem querer e o homem esculachou ela!!

Quando ela começou a me contar o que tinha acontecido, começou a chorar, dizendo que tinha sido pega de surpresa pela atitude do homem e que só não disse nada porque era mais velho.

A questão é que quem é "filhadaputa" é desde novo, e continua quando é velho. Tem gente que, se aproveita da idade, e pensa que pode fazer ou falar o que quer... se você não está senil ou com Alzheimer,  vale a lei da boa educação sempre!

De vez em quando sai no jornal que prenderam o vovô do pó, a vovó do pó e vejo gente se assustando, dizendo: "nossa, como é que pode, um senhor" pô, será o sujeito começou a traficar velho? Drogas existem há muito tempo, alguém tinha que começar, ué!!

Sinceramente? Não tenho pena e não tenho cuidado só porque uma pessoa é mais velha. Vou envelhecer mais, já estou com quase 50 anos, e não acho que isso me dá o direito de falar ou fazer o que eu quero.

Uma professora que eu tive dizia: "sua liberdade acaba quando começa a liberdade do outro", então, o vento que venta lá, venta cá, se me respeita, recebe respeito, se não, vai receber o que me der!

segunda-feira, junho 18, 2012

À noite, todos os gatos são pardos...

Madrugada de sábado para domingo, três e meia. Ainda acordada, já que tinha dormido muito de tarde, toca o telefone, número restrito.

Eu: Alô
Voz: Mãe, mãe, mãe!!
Eu: (já sabendo que não era meu filho) Quem é que tá falando?
Voz: Mãe, sou eu mãe, eu tô machucado!!
Eu: Acho que você ligou errado, eu não tenho filha.
Voz: Mãe, sou eu, seu filho!
(hum... parecia uma menina)
Eu: O que houve com você?
Ele: Os bandidos mãe, me roubaram, me pegaram, eu tô todo machudado!!
Eu: Tá, e onde é que você tá?
Ele: Mãe, eu tô no carro com os bandidos, mãe, socorro!!
Eu: Mas onde é que você está?
Ele: Mãe eu não sei, não conheço esse lugar, mãe socorro, você tem que vir aqui me buscar, por favor mãe!
Eu: Mas se você não sabe onde você está como é que eu vou buscar você?
Ele: .............................
Outro pega o telefone
Outro: Senhora, nós estamos com seu filho!
Eu: Hã e o que é que você quer?
Outro: Não, porque seu filho está conosco, qual é o nome que a senhora deu pro seu filho?
Eu: Ué, você não está com ele? Então, por que você não me diz o nome dele!
Outro (puto): Não minha senhora, a senhora vai ter a oportunidade de salvar seu filho!
Eu (véi, na boa, cansei): Ah mermão, são três e meia da manhã e eu cansei, vai tomar no cu e vai passar trote pro caralho!!
.................................

Não ligou mais!

Depois eu fiquei pensando que podia ter me divertido mais, feito ele falar bastante, ter mandado matar o filho, fingido que estava rastreando a chamada... fica prá próxima, né??

sexta-feira, junho 15, 2012

Acabou a brincadeira olê, olê, olá...

Então, Facebook bloqueado no trabalho. É foda quando a gente perde certos privilégios porque outros não tem medida, né?

O fato é que eu nunca usei redes sociais pra me relacionar mesmo, muito menos pra conhecer gente nova. Não é porque eu não queira, só nunca rolou. Pô nem nos sites de namoro eu conheci ninguém!! Eu devo ser antipática!!

Mas eu gosto de novidade, e no Facebook eu estou desde o comecinho no Brasil, em 2007! Mas sempre por causa dos jogos. De pouco tempo pra cá, com a explosão de gente lá é que eu passei a interagir um tiquinho mais, postar uma coisa ou outra e curtir os posts dos amigos...

Mas, pensando bem, talvez isso seja uma coisa boa. Há muito tempo eu queria voltar a escrever, mas a porra do vício do jogo tomava muito tempo, acho que eu não conseguia me concentrar, nem visitar os outros, quem sabe agora eu retomo o pé desse blog!

Bem, é isso, tamos aí!




quarta-feira, junho 13, 2012

Querido diário

Cara, minha vida tá uma merda.

Ando sem paciência, sem vontade, sem gosto, sem dinheiro, sem perspectiva, sem porra nenhuma!!

A depressão, minha velha companheira, hoje anda de braço dado com a ansiedade, a todo momento eu acho que vou morrer e nunca que morro, aí eu fico pensando que uma hora dessas eu acerto, né? E aí? Alguém vai sentir minha falta? 

Enquanto isso o tempo tá passando... não sou mais jovem, mas não me sinto uma senhora. A ansiedade é a vontade de ter algo que eu não consigo exatamente identificar. Só sei que tem a ver com relações humanas. 

Não gosto de me sentir inconveniente, se eu procuro alguém e não percebo recíproca, eu logo me afasto. E não quero cuidar de ninguém.

Não tenho muita vontade de interagir ou conversar porque não quero ficar me queixando, e conhecer gente nova me parece mais do mesmo. Ao mesmo tempo, queria ser convidada, procurada, sinto falta de papear.

Não quero namorar novamente porque não tenho paciência pra conversinha reprisada da maioria dos homens. Quero culpar meu pai, quero culpar meu ex-marido, se hoje eu não me entrego nos relacionamentos. 

Tudo que nos acontece, é responsabilidade nossa. Não é culpa do meu pai ou do ex-marido, é minha.

Mas me sinto muito só e desamparada. Às vezes lembro de uma pessoa que fui, ou acho que fui... independente, alegre, bem humorada, espirituosa, atraente, esperançosa nas relações, que ainda sonhava em encontrar um cara legal por aí.

Então é um ciclo sem fim, eu não dou chance a ninguém ou ninguém mais me acha atraente? Existem muitas mulheres por aí melhores que eu? 

Hoje me sinto refém de uma vida que eu acho que não merecia ter. Fechada e sem querer me envolver com ninguém porque não consigo confiar.

Não consigo confiar em ninguém.

Já fiz terapia, tratamento com florais e agora homeopatia. Tudo que faço pra melhorar é exatamente o que me afasta das pessoas. 

E parece que eu tenho a obrigação de me explicar o tempo todo!! Porque eu faço piadas sacanas e falo palavrão, porque tenho crises de psoríase, porque tive uma crise agora!!

Cada vez menos gente me procura e, se por um lado eu gosto, porque não quero ninguém me enchendo o saco, eu sinto falta, porque não sou uma ilha, gosto de contato.

Estou como o Poema do Beco, de Manoel Bandeira:

Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte? — O que eu vejo é o beco.

quarta-feira, março 21, 2012

Sobre respeito...

De tempos em tempos eu releio posts antigos, como coisas que a gente guarda numa gaveta e de tempos em tempos fica curiosa pra olhar, sabem?

E hoje eu achei o texto abaixo que já foi reprisado em 2008 e tenho a impressão de que em 2020 vai ser postado outra vez!!

Respeito...

Um homem estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês deixando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?
E o chinês responde:
- Sim, quando o seu vier cheirar as flores...


Recebi esse email com uma mensagem tipo, moral da história, que dizia que respeito é uma virtude.

Não acho que o respeito seja uma virtude, porque a gente tem que ensinar aos nossos filhos o conceito. Ninguém nasce predisposto a ser um "respeitador".

Respeito é escolha nossa para vivermos bem. Respeitar as pessoas, as opções sexuais, as opções religiosas, a cor de suas peles, a condição financeira, é muito mais do que uma virtude.

Não há nada de especial ou magnânimo em respeitar ninguém, é até meio egoista, é cuidar da sua própria vida, esquecer a dos outros.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

sexta-feira, janeiro 20, 2012

"I love mankind, it's people I can't stand"

"Eu gosto da humanidade, são as pessoas que eu não consigo suportar"
(frase do Linus, personagem deCharles Schulz)

Todo mundo quer ser bacana, todo mundo quer ser "hip",todo mundo quer ser mais esperto que a maioria dos ursos, né? Ser jovem é ser melhor, ser bonito é ser melhor, ter dinheiro é ser melhor, estar no Google+ é ser melhor. A arrogância humana é fato e é sem limites.

Assim como há 20 anos atrás, ser bacana era ser petista e antes disso, bacana era ser revolucionário. E antes disso, era ser amigo ou amante de alguém da corte portuguesa.

Todo mundo quer ser maravilhoso (uma tentativa vã de ser um tipo diferente de ser humano) e para isso, acha que deve pisotear quem está abaixo, ou quem a pessoa, em sua ingenua arrogância, acha que está abaixo.

Como se de fato, estivesse nascendo um tipo diferente de gente, um homo sapiens sapiens pra caralho, e ele fizesse parte dessa nova raça.

A cada nova plataforma de publicação que surgiu nos blogs era um tal de gente fazendo post pra meter a língua no anterior. O weblogger virou brega, enquanto o Blogger era chique, até surgir o Wordpress e quem foi para lá, se achava foda, porque publicava lá.

Agora a briga é nas redes sociais. Todo mundo falou mal do Orkut quando começou a usar o Facebook, mas agora ele está "orkutizado" e bacana é estar no Google+.

Assistir Big Brother Brasil e novela é ser burro, fazer campanha contra SOPA,PIPA é o supra-sumo do ativismo intelectual! E ai de quem achou graça da Luiza no Canadá!!

Eu não vejo novela nem certos reality shows porque não gosto. Prefiro séries e filmes e sou assim desde que não existia TV de assinatura no Brasil, quando eu pegava filmes e via no videocassete.

Tenho blog há 10 anos e nem por isso tenho milhões de comentários e visitas quanto gostaria, vivo bem com isso. O que eu escrevo não é interessante? Sinceramente, eu caguei solenemente para isso!

Como adoro novidades, entrei no Twitter assim que conheci e no Facebook também! E não sosseguei o rabo enquanto não consegui entrar no Google+!

Nem por isso acho que sou melhor do que meu melhor amigo, que prefere o orkut, e adora novelas!!

E moro num lugar onde a maioria ouve forró, pagode e tem horas que eu quero morrer!! Mas é aqui que eu estou e o melhor que eu posso fazer, se me incomoda, é ignorar e interagir o menos que puder. Quem sabe um dia, eu possa morar noutro lugar.

Acho que no frigir dos ovos, somos apenas pessoas querendo ser melhores que as outras. Todo mundo quer seus segundos de atenção!

Mas que ninguém se iluda, as pessoas que estão ou estavam lá (no Orkut e no Facebook), estão no Google+, e publicam as mesmas frases de efeito e fotos e vídeos e agradecem a Deus.

E tornam viral um anúncio só por causa de uma frase!! Somos nós mesmos!!

E "enquanto pessoa, a nível de gente", interajo quando me interessa e quando não, eu ignoro!!

Ninguém é melhor do que ninguém e não adianta querer elitizar uma rede social, todo mundo tem direito de estar onde quiser, não existe elite, porque em essência, somos o mesmo tipo de ser humano, até que efetivamente surja uma espécie melhor.

Aí gente, nós todos estaremos fodidos!!

Crucificar quem difere de você não é ser uma espécie melhor, é só ser um ser humano arrogante e metido a besta.

sábado, janeiro 14, 2012

Às vezes eu sou delicada como um pêssego...


Ontem, enquanto eu me arrumava para trabalhar, ouvi no jornal uma reportagem sobre um homem que gravou uma ligação que recebeu dizendo que seu filho havia sido sequestrado. Ele soube que era golpe porque não tem filhos.

Há uns quatro ou cinco anos eu recebi uma ligação dessas no trabalho, uma menina chorando dizia: "socorro mãe, me ajuda, os bandidos me pegaram..." antes que ela terminasse de falar eu com minha suavidade de capitão Nascimento respondi: "vai tomar no cu sua vagabunda, eu não tenho filha, vai ligar pro caralho!"

Cada um reage de uma maneira, e eu vou de zero a mil em 1 segundo quando alguma coisa me irrita e eu odeio trote.

Mas isso não é trote, é um golpe que de todos esse é o mais sacana, porque mexe com nossa preocupação familiar.

Tem outros golpes que, tudo bem, é sacanagem, mas eles só alavancam porque o otário que leva o golpe tá se achando mais malandro do que o golpista, ou alguém acha que quem compra bilhete de loteria premiado por metade do preço está sendo honestinho??


sábado, dezembro 31, 2011

E quando tudo tá muito chato...

as meninas me alegram!

Com suas poses




 e sua curiosidade...



Um feliz ano novo para todos, porque nunca será pior que o ano que acabou!!

sexta-feira, dezembro 30, 2011

And she looked in the mirror and she thought to herself "If I wanna play, I can play with me, If I wanna think, I'll think in my head."

Mariella;
 Kate Nash

Se tem uma coisa que me irrita e me deixa com raiva, é comprar alguma coisa errada!! Fui no mercado comprar umas coisas, e peguei farinha de aveia, pensando que era farinha láctea (eu queria comer mingau, quêquitem?)

Na real, diante da merda geral que anda minha vida, as únicas coisas que eu posso controlar são minha comida e os jogos do facebook. A conexão da internet eu não posso controlar!

Isso me enlouquece porque, infelizmente, eu gosto do controle. Quase compulsivamente. Gosto que as coisas sigam um caminho que leve a um bom fim, não necessariamente o fim que eu quero, mas um bom fim.

Com relação a mim, o fim que eu quero é claro! Mas nunca mais é! Nunca mais é!

Talvez por isso eu nunca tenha usado nenhuma droga, sempre tive a impressão de que eu cairia no vício muito fácil. E de vícios, já me basta o cigarro.

Enfim, estou chata! Normalmente eu sou daquelas que acha que a merda não vai dar pra todo mundo, sabe? Mas ando pior do que nunca! Não quero conversar, nem rir, muito menos filosofar sobre vicissitudes, porque, como num segredo às avessas, tudo que eu desejo, não acontece.

E quanto menos acontece, menos eu me esforço e menos ainda, eu desejo. E isso me irrita mais do que comprar alguma coisa errada!

Eu queria interagir mais. Com as pessoas do meu círculo real e também do círculo virtual. Não é que eu não goste de atenção, de um certo assédio, dos meus amigos, de conversar. Queria ter um grupo legal de amigos pra um bom bapo furado!

Mas eu não sei ficar "cheirando o rabo" de ninguém, ligando prás pessoas para saber como estão ou comentando em blogs ou redes sociais pra chamar atenção.

Sei lá, ultimamente parece que eu só eu vejo gente que aos meus olhos podia ter uma vida legal, reclamando, se fazendo de vítima, manipulando.

Os poucos amigos que não assim, parece que tem coisa melhor a fazer do que conversar comigo. Parece que eu acionei um pára-raio que cada vez mais afasta pessoas e coisas boas. E as paqueras também. Sinto falta de paquerar, de namorar, de estar interessada num homem.

Mas a realidade atual é que ninguém tem me interessado muito mesmo... e eu não estou interessando ninguém.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Reprise

Eu estou ruminando umas coisas muito duras, em casa e no trabalho, por isso a ausência, e eu não podia ter me lembrado desse post em hora melhor.

Sexta-feira, 29 de maio de 2009

Eu não entendo o comportamento de certas pessoas!! Tá, eu entendo, afinal sou bastante inteligente, mas não compreendo!! Para manipular outros seres humanos em benefício próprio, o sujeito tem que ser bem inteligente, para usar boas estratégias e tal.

Então como essa inteligência não lhes permite perceber o limite? Quando meu filho estava na creche, a psicóloga comentou comigo uma vez que à tardinha ela ficava na varanda observando as crianças. Todo dia vinham algumas crianças brincar na varanda e ela avisava que não podia... e no dia seguinte elas voltavam novamente!!

Crianças de creche!! É assim que elas aprendem, testando, testando, testando... mas depois que a gente cresce, sabe que não adianta dar murro em ponta de faca, tentou uma, duas vezes, não rolou, sai fora!! Esquece aquilo!!

Quer um exemplo bem clássico? Aquele cara que só falta rastejar no chão quando quer comer aquela mulher. Ele se humilha, rasteja, passa vergonha!! E quando ela dá, ele simplesmente vira as costas e some!!

Legal, conseguiu o que queria, mas a troco da humilhação? Convenhamos minha gente, trocar respeito e amor próprio por uma trepada??

Relacionamentos amorosos, amigáveis, profissionais, não importa!! O sujeito torna-se tão sem noção que não sabe o ridículo ao qual se expõe!! Não percebe o quanto ele acaba se humilhando para conseguir o que quer, da forma que quer!

Em geral eles enchem o saco do parceiro, manipulam da maneira mais cruel, sacaneiam maldosamente, tratam melhor a um estranho e os filhos do estranho, e o parceiro vai deixando... porque ama demais, porque é depressivo, porque não gosta de briga, porque precisa do emprego... mas todo ser humano tem um limite!

Essa consciência esses manipuladores não tem! Inteligentes, porém imaturos!! Eu que já tive a minha cota por essa e mais umas duas vidas, não tenho um pingo de paciência! Meu limite é muito curto!!

Aí quando a pessoa reage o idiota fica sem entender o que aconteceu? Ah o que aconteceu? É que nem todo mundo é paspalho ué!!


sábado, novembro 05, 2011

Oh yes, I´m the great pretender

The great pretender The Platters

Tem gente que parece que gosta de fingir. Não, eles não são artistas!!

Tudo bem que quem me conhece, ainda que apenas pelo blog, não vai me ver sempre contando as minhas derrotas, mas eu nunca vou fingir que tudo é maravilhoso só para mostrar pros outros.

Tem gente que é assim né??

Como aquela sua vizinha cujo marido é o cara mais viril do mundo e ganha muito dinheiro. Ela é a melhor dona de casa, e é muito feliz.

Os filhos, os mais estudiosos e educados e o relacionamento deles, é o mais perfeito. Ganha até de comercial de margarina!

Ela sempre tem uma história legal da vida dela pra contar, mas tudo sempre perfeito e bem alinhado.

Ou aquele colega de trabalho, cuja vida mais parece um filme de aventuras com nuances pornográficas.

O carro dele é foda, a casa dele tem todo conforto, os pais dele tem um casamento muito feliz, e... é, ele come as mulheres mais lindas e nunca broxou na vida!!

E tem também aquele paquera que você achava bonitinho, que está sempre contando como ele é valente, e engajado e politizado e inteligente, e "seique, seiquelá"...

Ah, e aquele seu ex que hoje está com uma mulher tão maravilhosa e numa relação tão linda e perfeita que você até se pergunta porque é que VOCÊ deu um pé na bunda dele anos atrás??

E eles acham que todo mundo morre de inveja deles!!

Mas é incontrolável, eles tem que contar vantagem!! Talvez isso seja alguma doença psicológica desconhecida, e daqui a pouco algum médico dá nome a ela, sei lá...

Eu sei que essas pessoas, às vezes me irritam, às vezes me dão pena. Na maioria das vezes dá vontade de esfregar a cara num muro chapiscado!!

Porque quando a gente chega perto, bem perto, não que elas sejam mais infelizes que o resto do mundo, elas são apenas normais.

Se bem que algumas vezes, não são muito normais, a vida delas é uma merda pior que a da maioria...

Mas tem gente que pensa que é artista.

segunda-feira, outubro 03, 2011

You always tell me that it's impossible. To be respected and be a girl.

I´m Sensitive
Jewel


Acabei de ler esse post, aliás num blog muito legal que eu não conhecia.

E aí minha cabeça fica pensando... pensando... pensando... alguém vê alguma diferença de hoje para 30 anos atrás ou acha que vai mudar daqui a 30 anos se nossa sociedade continuar agindo assim?

Rafinha Bastos vem fazendo feio no CQC. Outros cujo nome eu nem sei, porque raramente vejo canais abertos, também.

Os homens pensam que fazer humor é chamar mulheres gostosas de burras e as feias de mal-comidas. Só pedem desculpas quando os maridos, os grandes ofendidos, vão tomar satisfação. "Pô mermão, não sabia que era tua mulher, foi mal"

Mas será que só eles são culpados? Sem querer defender, porque nenhum desses homens é criança, nem ignorante, mas o que eu vejo é que por mais que a gente lute por direitos iguais, a maioria das mulheres é muito condescendente com os homens.

Sempre que um homem faz uma merda qualquer, os outros o protegem. Surgem milhões de explicações vãs e as mulheres os "entendem", afinal tadinhos, não sabiam, estavam brincando, não se deram conta... ah façam-me o favor!!

Acho que o grande problema da maioria das mulheres é que elas querem ser amadas e ter atenção, a qualquer preço. Tudo bem, eu sou mulher, também quero ser amada, mas não pago qualquer preço.

Ficar trabalhada no corpão tentando atrair a atenção da mídia e acabar indo pra um programa de humor ser chamada de burra é um bom preço a ser pago?

E rir quando seu parceiro faz piada com mulher feia porque você não corre o risco de perdê-lo pra ela, ou porque não é com você é um bom preço?

O que vejo hoje não é, ao menos para mim, nenhuma novidade, observadora que sempre fui. Há mais visibilidade porque há muito mais meios de comunicação do que há 30 anos atrás.

Nossa sociedade é podre e sinceramente, eu culpo, e muito as mulheres por permitirem ser desrespeitadas descaradamente.

Eu gosto do universo masculino para rir, mas não aceito desrespeito. Eu gosto do universo feminino, pela inteligência e sensibilidade, mas não aceito transigência.

Acho que no fundo, esses caras falam o que cismam, porque muita mulher deixa.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Rasgando seda mesmo, e daí??

Quando eu comecei a me relacionar através da internet (eu fui rata de sala de bate papo do Uol), e mesmo quando comecei o blog, eu dizia que escrevia do mesmo jeito que falava.

Eu achava que sim, mas a Mari, quando esteve no Rio e me conheceu disse que eu sou mais agressiva nos posts e muito doce pessoalmente...

Enfim, minha comadre sempre que me liga, termina dizendo: "te amo". Eu acho isso muito fofo, mas eu não sou assim... com o passar dos anos, chego à conclusão que para expressar carinho, sou muito melhor escrevendo do que falando...

Semana passada, depois de muito tempo sem me interessar por ninguém, conheci um cara por quem me encantei. Daí encontrei novamente com ele e falei tanta merda que minha vontade era esfregar minha cara num muro chapiscado!!

Definitivamente eu sou melhor escrevendo!! Mas além de escrever, gosto de me expressar com música! É bom porque às vezes uma frase diz tudo que você quer né?

E uma colega de trabalho que também é muito musical, me apresentou algumas cantoras que eu não conhecia e que eu estou adorando. Uma delas é Eliza Doolittle, que deu uma interpretação linda a essa música (o link é dela traduzida) do Coldplay.
E isso tudo foi para dizer, pegando o gancho do post, para a Dama de Cinzas, a quem, por minhas crises pessoais estou devendo muitas visitas, agradecendo seu carinho, o que a minha boca mesmo não sabe falar...

domingo, setembro 04, 2011

Eu não ando muito boa não...

Algumas vezes eu me pego pensando qual o sentido de conviver. Principalmente nos últimos tempos. Porque há tantas formas de uma pessoa esculhambar a outra, que às vezes me parece que o único sentido de conviver, é ajudar um a se sentir bem, em detrimento do outro.

Eu não entendo o que leva uma pessoa a fazer com outra, uma indelicadeza, uma maldade, uma atitude de desprezo, quando não é isso que ela recebe da outra.

Prefiro pensar que isso seja apenas falta de atenção, porque ninguém é tolo o bastante para não perceber que o que ela está fazendo não é uma boa forma de tratamento. Porque não é o que ela recebe. E isso não me obriga a gostar.

Um colega de trabalho disse noutro dia: "Puxa eu só queria que o Fulano me tratasse do jeito que eu trato ele".

Infelizmente não é assim, eu disse, a gente deve tentar aceitar as limitações do outro (ou que a gente considera limitação) e tentar conviver da melhor forma possível. Eu tentava ajudar o colega que estava triste, mas a mim, isso leva cada vez mais a evitar conviver.

O mínimo que uma pessoa deve fazer, é não fazer com outra o que a outra não faz com ela, isso inclui respostas atravessadas e brincadeiras idiotas. Porque a outra não faz com ela, não é porque é boazinha, ela não faz, porque não quer que façam com ela.

Mas quase nunca é assim.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Quem canta, seus males espanta!

Eu tava com esse post guardadinho há alguns dias, andei passando por umas coisas chatas, e este post da Dama de Cinzas foi o gatilho pra o post sair!!

Não existe para mim coisa pior do que a traição! Mas não é aquela traição em que marido/esposa faz sexo com outra pessoa. Isso não é nada comparado ao desrespeito pela condição humana.

Aquela traição onde um ser humano igualzinho a você, resolve, deliberadamente lhe sacanear! A deslealdade ao seu igual.

Eu já falei sobre isso algumas vezes, mas carma é foda, de tempos em tempos vem lhe rondar e se eu não exorcizar, acabo tendo um dia de fúria!!

O desrespeito que vejo por aí, que passo, eu mesma, é por vezes tão insuportavelmente absurdo que eu própria tenho vergonha de ser um ser humano.

Pessoas que se envolvem com outras casadas, pessoas casadas que se põem disponíveis, dando a impressão que estão prontinhas para uma outra relação.

Só isso pra mim, já seria uma falta de decoro ímpar, mas ainda tem gente que não se dando por satisfeita com o mal causado, ainda quer ser amiga da pessoa que traiu? Ah tem dó!!

Outro exemplo é gente que nos julga, e ainda se acha no direito de nos passar uma descompostura, pra momentos depois, ficar cheirando seu rabo, como se tudo que ela disse antes não tivesse importância. Pode não ter para ela, mas para mim tem, eu heim!!

A pior forma de traição, de deslealdade é o desrespeito, o julgamento, é quem acha que não tem obrigação de nada, mas antes que todo mundo lhe deve obrigação. Obrigação de perdoar, de entender, de aceitar.

Para essas pessoas, eu dedico carinhosamente essa canção...


segunda-feira, agosto 08, 2011

Papo de corredor: Como seria sua vida se suas escolhas tivessem sido diferentes?

Quando eu fico sem dinheiro eu fico puta da vida!! Deprimida, mau humorada, sem vontade de nada!!

Mas eu não sou dessas que fica com cara de cão, rosnando pra quem passa, ao contrário, no dia-a-dia eu até sou uma pessoa legal.

Desde que minha mãe morreu eu nunca pude contar com ninguém, marido, pai, famíliares em geral. Minha ex-sogra sempre quebra uns galhos, mas não é uma constante e eu não sou abusada.

Então eu estou passando por isso agora... embora eu adore meu trabalho, o ambiente, meus chefes e colegas, meu salário não alto. Dá pro gasto básico, mas eu passo aperto!

E eu não tenho uma família onde os dois trabalham e sustentam a casa, por enquanto só quem trabalha sou eu!!

E aí que dia desses aqui no trabalho, num papinho rápido quando fui pegar um café, eu fiz um comentário que acabou rendendo esse post.

Eu tinha vinte anos quando minha mãe morreu, e um tio, que morava no Mato Grosso do Sul, veio me chamar para ir com ele para lá. Minha tia conseguiria vaga na faculdade onde ela era coordenadora e eu trabalharia com ele no escritório.

Eu não fui. Um ano depois, eu terminava o curso de secretariado e um aperfeiçoamento em inglês e fui chamada para estagiar no Chase Manhattan Bank, um grande banco estrangeiro. O horário era apertado e eu também não fui.

Algumas coisas concorreram para eu não aceitar essas propostas, mas quem decidiu foi o medo. Medo do desconhecido, medo de não ter com quem contar, medo de ir para um outro estado, longe de todos que eu conhecia.

Este post não tem nenhum objetivo, é apenas uma constatação. Eu perdi oportunidades por medo.

Não é arrependimento pelas escolhas que fiz ou não fiz. Se eu tivesse ido com meu tio, ou aceito o estágio no grande banco, não teria conhecido meu ex-marido, com quem eu fiz meu filho.

Talvez seja o peso da idade, o acúmulo de frustrações, desilusões e decepções, mas durante esses últimos dias eu me perguntei onde estaria se minhas escolhas tivessem sido diferentes?

E eu não tinha me dado conta até o dia em que, por acaso fiz esse comentário, enquanto pegava um café.



segunda-feira, julho 25, 2011

Então case-se comigo numa noite de luar ou numa manhã de domingo à beira-mar, diga sim pra mim

Diga sim pra mim
Isabella Taviani


Ficar, namorar, ou o seja qual o nome que se dê, depois que você deixa de ser adolescente é chato, porque alguns homens acham que as mulheres são exigentes demais e chatas. E algumas mulheres acham que os homens são irresponsáveis e precisam ser cobrados!

Então eu tenho a impressão de que nós pensamos meio meio torto nos relacionamentos. Porque eu vejo uma imensa diferença entre compromisso e comprometimento.

Para o propósito deste post vou estabelecer que compromisso seja casar (ou morar junto). E comprometimento seja o sentimento, a vontade de estar junto de alguém.

Isso é muito confuso! Estar comprometido numa relação não significa saber todos os passos da pessoa ou dormir junto todo dia. Isso é ser chata, grudenta, enjoada!

E não querer compromisso não quer dizer combinar um encontro e deliberadamente faltar, ou dizer que vai ligar e não ligar, porque assim parece que você está deixando claro que não quer compromisso. Isso, é pouco caso, é falta de gentileza e educação.

Eu penso assim... quando você está com alguém e não quer casar ou morar junto, o ideal seria que você pudesse combinar isso com essa pessoa não é?

Porque você não precisa querer casar com a pessoa, mas você precisa estar com ela nos momentos que você está com ela! É ter tempo para atender ou fazer uma ligação ou combinar passar uma noite junto.

A vida já nos oferece muito compromisso. É trabalho, estudo, casa, contas, filhos, ex-maridos/mulher, mãe/pai. Estar com alguém é prazer, é aproveitar a companhia de uma pessoa interessante, é fazer sexo gostoso!

Eu, por exemplo não tenho mais vontade de casar, mas não abri mão de ter novamente um relacionamento. Não quero esse compromisso, mas quero o comprometimento.

Mas quando eu conheço alguém a pessoa já assume que, porque eu sou separada, estou mais velha, moro com meu filho, que eu quero porque quero casar!!

E se eu digo que não quero casar novamente a pessoa já assume que eu só quero putaria, não quero um relacionamento.

Enfim... é difícil, é complicado, é burocracia social. Às vezes eu tenho a impressão de que amadurecer é ficar só.

sexta-feira, julho 15, 2011

Repost: A quem interessar possa!!

Quem tem um blog tão pessoal e há tantos anos como eu, deveria, de tempos em tempos, reler seus posts, rever suas impressões, sua evolução "enquanto ser humano, a nível de pessoa" (sic), ou mesmo pesquisar, quando se está sem muito o que dizer...

Na real eu estava procurando uma outra coisa quando dei de cara com o post que resolvi republicar.

Gente, eu até achei que não tinha sido eu que tinha escrito, mas quando chegou no: "Aí fodeu" eu lembrei que escrevi sim!!

Enfim... eu já fui casada, já morei com um namorado, optei por não viver com ninguém. Não sei o que o futuro me reserva, nada é escrito em pedra, mas quanto mais eu observo a relação de pessoas próximas, mais confirmo minha escolha.

Segue o porque...

Andei lendo uns blogs por aí, não vou nomear, porque meu intuito não é criticar, cada um com seu cada um, mas antes elaborar, para mim mesma e para quem quiser, algumas constatações...

Relações humanas são difíceis, seres humanos são complicados, e relacionamentos amorosos tornam-se impossíveis quando não existe um mínimo de equilíbrio de ambos para levá-lo de forma saudável.

Se um joga no outro o peso emocional da relação, deposita no outro seus sonhos e frustrações, cobra cuidado, resoluções, proteção, quer que o outro adivinhe seus pensamentos e ainda por cima desconta no outro tudo de ruim que acontece em sua vida, essa relação pode até durar, o casal pode passar 50 anos juntos, mas nunca será um relacionamento amoroso.

Haverá violência, traição, desrespeito, desamor e dependência. Se alguém caiu por acaso numa situação dessas, consegue sair rápido dessa relação. Mas se a dependência for mútua, o relacionamento vai durar, ainda que sentido-se mal com essas cobranças, o outro acha que amar é assim, e até sente-se bem porque alguém exige tanto de si.

Sair é difícil, precisa de coragem, força, auto-estima em alta!! Ainda havendo coragem para terminar, sofre, sente pena, culpa-se, deixa-se chantagear, não consegue se afastar.

E volta atrás, na ilusão de que a relação será gratificante, porque, se nos contos de fada todos são felizes para sempre, e se o outro diz que você é seu/a príncipe/princesa, porque é que todos os dias não são felizes?

Porque há dias em que o outro faz você sentir-se miserável, arrependido de estar vivo nesse mundo? Carente, doente, deprimido e mal-amado e ainda por cima responsável pela vida do outro que sempre diz "que não é nada sem você, que você o faz sentir-se uma pessoa melhor?"

Corta-se o mal pela raiz, afinal se alguém "não é nada sem você" para que ele lhe serve? Um tem que ser completo para ficar com outro. Ou complementa-se o ciclo, porque se um aceitou essa referência, pode ser por querer saber-se indispensável na vida de outrem.

Aí fodeu!! Um alimenta o comportamento do outro, pelo prazer de saber-se querido, por infantilidade ou porque tem tão pouco amor-próprio que precisa saber-se amado, tanto quanto o outro que pensa que precisa dele para ser "uma pessoa melhor".

A paixão confunde e um acha que conhece o outro, melhor do que o próprio, analisa o outro o tempo inteiro, na hora que ele não age da maneira desejada, mas da maneira prevista.

Do que adianta achar que conhece o outro e pensar: "ele me ama, mas está com medo, por isso foge, não se entrega". Pois bem, você nunca terá com essa pessoa uma relação completa!! Porquê?

Porque relações humanas são difíceis, seres humanos são complicados, e relacionamentos amorosos tornam-se impossíveis quando não existe um mínimo de equilíbrio de ambos para levá-lo de forma saudável.

De toda essa análise chego à conclusão que já comportei-me assim, que comportaram-se assim comigo, já corri de alguns e certamente já correram de mim!!

Uma relação sadia tem que começar com muito amor-próprio e auto-estima. Só e tão somente depois dessas conquistas estaremos prontos para conquistar alguém e amar verdadeiramente. Nossa vida estará completa e estar com o outro será sempre a realização de um prazer e nunca uma forma de opressão.

domingo, junho 26, 2011

Toda unanimidade é burra.

(frase de Nelson Rodrigues)

E toda maioria é mimada!!
(frase de J@de)

Já repararam que toda vez que qualquer minoria consegue algum direito social, logo vem a maioria reclamar?

Se os gays conseguem o direito a união civil já vem logo um hétero babaca dizer: "ah daqui a pouco vão obrigar todo mundo a ser gay!"

Se a mulher conquistou a igualdade já vem logo um homem babaca dizer: "ah não querem ser iguais? então não abro mais porta de carro nem pago motel..."

Se o governo cria cotas para negros já vem logo um branco babaca dizer: "ah mas e meus filhos, vão perder a vaga?"

Se abre-se um debate ao aborto já vem logo um grupo babaca dizer: "ah mas e o direito à vida?"

Anos atrás quando um pastor da Igreja Universal chutou a imagem de Nossa Senhora da Aparecida na TV veio todo mundo em cima dizendo que queriam acabar coma Igreja Católica. Ninguém se lembra que quando as primeiras igrejas protestantes se estabeleceram no Brasil foram apedrejadas por católicos.

A Dama de Cinzas fez hoje um post sobre frases clichês e já tinha um babaca lá dizendo: "ah mas as mulheres gostam de caras assim, fazem tipo, e isso e aquilo"...

Ah eu heim!! Toda maioria é mimada e nunca vai querer abrir mão dos seus direitos mesmo!!

Não estou aqui justificando leis e atos ou defendendo direitos, cada um que defenda o seu, mas eu acho um saco gente que não teve as dificuldades da minoria, bancando o coitadinho e reclamando por direitos que sabidamente ninguém vai tirar!

terça-feira, junho 21, 2011

"I love mankind, it's people I can't stand"

"Eu gosto da humanidade, são as pessoas que eu não consigo suportar"
(frase do Linus, personagem de Charles Schulz)

Já perdi a conta do quanto já usei essa frase!! É que às vezes o ser humano, a nível de gente, enquanto pessoa, me cansa, viu?? Eu sei que tem gente por aí que não gosta do meu jeitinho doce e sereno, cada um tem o direito de sentir o que quiser!!

E eu posso falar o que eu quiser porque eu falo do que acontece ao meu redor... e eu vejo cada coisa por aí e fico besta de ver as atitudes de uma pessoa.

Semana passada uma conhecida me falava de um cara que ela estava muito a fim e eu me lembrei de um ex-qualquer coisa que tive...

Já conheceu alguém que lhe disse: "não se apaixone por mim, porque não quero magoar você" ou "por favor, tenha paciência comigo" ou ainda "se eu for grosso com você ou magoar você, me avise porque eu quero me consertar"?

Essa pessoa está acostumada ao assédio, porque muita gente gosta do drama, muita gente gosta de se sentir super-herói, muita gente quer o que é impossível e consertar alguém, amigos, é impossível!!

E aí, voltando ao assunto da culpa, é libertador, quando a gente consegue quebrar o padrão dessas pessoas, mandando o ou a infeliz devidamente para a casa do caralho!!

Mas vou logo avisando, é meio solitário hein? Liberdade, maturidade, sanidade são estados onde normalmente a gente chega só!

E aí, tem coragem?

quinta-feira, junho 16, 2011

Um dos segredos...

De todas as formas de manipulação que pode-se usar contra uma pessoa, a mais legal de todas é a culpa.

Você pode ser um bom "filhadaputa" e mesmo assim passar incólume por várias situações, somente invertendo o jogo, trabalhando a culpa das pessoas.

Porque há pessoas que vão ver o quão nojento e manipulador você é, mas essas raramente conseguirão desmarcarar você, porque quem sente culpa é meio surdo também!

É assim, você fala o que quiser com qualquer um e quando o um se ofender ou reclamar você diz: "puxa eu estava brincando" ou "é bom pra eu aprender a não falar nada, mesmo que seja verdade", pronto!

Se o infeliz é daqueles chegados a uma culpa, principalmente aquela famosa culpa judaico-católica você está feito!

Se eu já fiz isso? Claro que já! Se eu continuo fazendo? Ah isso eu não conto nem se você fizer eu me sentir culpada!!

quarta-feira, junho 15, 2011

segunda-feira, junho 13, 2011

Das coisas que eu detesto!!

Há coisas e pessoas que me irritam e coisas e pessoas que eu detesto! As coisas que pessoas que me irritam eu apenas evito, as que eu detesto, eu esfregaria a cara num muro chapiscado, se pudesse!!

Mas a gente tem que ter controle né?? Então essas que eu detesto, eu evito também!!

Sabe aquelas pessoas que quando você fala sobre um filme dizem: "ah eu vi esse filme, pena que a mocinha morre..."

Ah bosta, vá pro cacete!! Eu perguntei por acaso qual era o final do filme? Por isso quando o papo vai pro lado de séries eu já aviso que não quero saber o final de nada!!

E quando sou eu que assisti, eu pergunto: você não se incomoda de saber? Porque dependendo do filme e da pessoa, não importa...

Outra coisa que eu detesto é quem fala dos outros, e se inclui, sabe? Porque na real o que parece é que o sujeito só quer falar da outra pessoa, mas se inclui pra não parecer que está sendo muito filhadaputa!!

Como nesse vídeo aí... que direito o sujeito tem de dizer que o outro é gay ou não, assumido ou não? Ele sabe da vida dos outros pra se achar no direito de falar??